sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E o Green Day?

Faz tempo que eu não posto nada aqui e depois deste fim-de-semana senti que poderia contribuir com algo. Tudo bem que esse post não é sobre o GD, tudo bem que eu sei que esse blog é do GD, mas acho que eu devo escrever.Sábado eu fui ao meu sexto show do Bad Religion, este rolou na Chácara do Jockey, perto de casa… Eles tocaram no GAS FESTIVAL, uma iniciativa da B/FERRAZ em parceria com a Ambev sob a marca Guaraná Antárctica.Eu só não fui à um show do BR aqui no Brasil, quando em 1996 eles tocaram no Close-Up Festival, que contou ainda com as bandas Sex Pistols (ou o que tinha restado ela) e Marky Ramone And The Intruders (em sua primeira, mas não melhor formação…). Nas outras 5 vezes eu estava presente. A primeira e clássica aparição em 1999 no finado Olympia no dia 09 de Março (lembro, por que ganhei o ingresso de anviersário… De meu pai), a segunda no mesmo ano quando tocaram no Skol Rock divulgando o álbum “No Substance”, com Offspring e The Vandals, a terceira vez em 2001 no Credicard Hall durante a tour do álbum “New America”, dia em que rolou a fatídica invasão de palco em que a banda deixou de tocar 5 canções e foi embora… A quarta vez na tour de lançamento do “Empire Strikes First” em um show junto com o Pennywise no Anhembi, em São Paulo e a quinta vez, de novo no Credicard Hall em São Paulo no finzinho da tour “Empire Strikes First” e quase começo da tour para o mais novo álbum a banda “New Maps Of Hell”.Este último show que citei, em específico, marcou um dos melhores momentos que já passei em um show do BR. Em dado momento, Greg Graffin, o grande vocalista da banda diz: “É muito bom estar aqui no Brasil novamente… Como sempre é muito bom tocar em São Paulo. E eu digo uma coisa… Nós só estamos aqui mais uma vez, por que vocês gostam da gente. Então, enquanto vocês nos quiserem por qui, nós iremos voltar.” Essa declaração me deixou extasiado e ainda mais apaixonado pela banda. E isso se evidenciou no último Sábado.Confesso que eu só comprei o ingresso para vê-los. E não poderia ser diferente. Sem detrimento a nenhuma banda que participou do festival, mas tenho certeza que muita gente só foi lá para ver o BR. E o que eles fizeram em cima do palco foi, sem trocadilhos, um show a parte.Contando com o fator histórico e a platéia na mão, a banda fez um show fantástico, como sempre. Na questão de set-list obviamente que muitas canções históricas ficaram faltando, até para dar lugar a preciosidades do novo álbum como “Requiem For Dissent” e “New Dark Ages”, mas alguns clássicos estavam lá, como por exmeplo ”Punk Rock Song“, “Flat Earth Society“, “You” e até “Big Bang“. Presença de palco? Impecável. Qualidade de som? Muito foda. Disposição? 100%. Em uma palavra: RESPEITO.Isso que eu chamo de respeito pelos fãs. Isso que eu chamo de banda que se importa com o público que possui. Dava para ver na cara de cada um dos 5 membros da banda que estavam absurdamente felizes em tocar para cerca de 10.000 pessoas que foram lá só para vê-los. Era absurda a imagem da imensa galera cantando os sons da banda… Verso por verso… E o teor de sinceridade em cada “thank you” que emanava dos P.A.s.O que tudo isso tem a ver com o Green Day?Eu diria que todas as linhas desse post tem a ver como Green Day.No momento estou indignado, triste (de certa forma) e muito puto com o fato de uma banda como o Green Day não ter voltado mais para tocar por aqui. Fico impressioando que bandas como MxPx, The Donnas, The Queers e outras vieram e voltaram ou voltarão mais vezes para tocar por aqui… Sem contar com Reel Big Fish, Goldfinger (ambas pela primeira vez aqui) e o Less Than Jake, que parece virá novamente em 2009, reza a lenda… Eu acho que isso é respeito com os fãs, como falei acima, respeito com as pessoas que respiram cada milímetro do que essas bandas produzem, dizem, simbolizam… Não sei se consigo, hoje, sentir isso pelo GD.Até hoje eu nunca tinha comentado quase nada a respeito e achei mais justo comentar isso no blog do site, que é o veículo que utilizamos para comunicarmos com todos os fãs da banda aqui no Brasil. Eu me sinto de certa forma até traído pelo GD. Como fã incondicional da banda, manja? Traído como os milhões de fãs da América Latina que NUNCA mais tiveram a oportunidade de vê-los ao vivo… A não ser termos que nos contentar com imagens televisivas ou publicadas em revistas, internet e afins…Me desculpem, mas no momento o GD não é a minha banda favorita.E, pessoalmente, vai ter que ralar muito para voltar a ser.Sintam-se livres para comentar o que sentem…

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